Focos de Influenza Aviária foram confirmados recentemente na Argentina e Uruguai. Em virtude disso, e considerando os impactos sanitários econômicos que esta doença pode trazer o estado de Santa Catarina, o IFC campus Concórdia realizou uma palestra informativa com a equipe da Cidasc (Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina ) sobre o tema. Participaram da programação 458 estudantes, dos cursos de Técnico em Agropecuária, Agronomia e Medicina Veterinária. A atividade iniciou às 10h do dia 14 de março, no Auditório Central.
Conforme o coordenador geral de Ensino do IFC Concórdia, professor Diogenes Dezen, tratar desta temática “é essencial para que possamos mitigar a entrada deste agente na sociedade e em planteis de aves do estado”. Santa Catarina produz comercialmente 850 milhões de aves por ano, sendo o maior produtor e exportador de carne de frango no Brasil. “De cada três aves consumidas no mundo, uma é catarinense”, afirma a médica veterinária e gestora do Departamento Regional de Concórdia da Cidasc, Francieli Gado.
A médica veterinária Marisa Macagnan, explica que o principal fator de risco para a entrada da influenza aviária são as aves migratórias que vêm de outros países e continentes para o Brasil. “A dificuldade para o controle acontece pois outros países não tem tanta capacitação como o Brasil. Mas, destacamos que no nosso país ainda não há nenhum foco”, explica.
A Influenza Aviária (IA), também conhecida como Gripe Aviária, é uma doença provocada por um vírus, muito contagioso, que pode afetar a saúde de aves domésticas e silvestres. Também podem ocorrer infecções esporádicas em pessoas que tiverem contato direto com as aves infectadas. Os principais sintomas que podem ser observados são:
• Aumento repentino de mortalidade das aves num período de 72 horas;
• Secreção ou corrimento ocular e nasal, tosse, espirros, diarréia e desidratação;
• Depressão severa, apatia, diminuição ou parada no consumo de ração, incoordenação motora (sintomas nervosos), andar cambaleante e cabeça pendendo para o lado;
• Queda drástica na produção de ovos, ovos desuniformes, de casca deformada e na;
• Hemorragias nas pernas, inchaço na região dos olhos, da cabeça e pescoço, inchaço e coloração roxo-azulada ou vermelho-escura na crista e na barbela.
Em caso de ocorrência da doença, a comunicação rápida diminui o risco de infecção humana e impede a disseminação da enfermidade para outras aves e propriedades. As veterinárias da Cidasc ressaltam que toda a população pode ajudar na prevenção aos focos. Qualquer pessoa que encontrar alguma ave com algum sintoma deve comunicar a Cidasc imediatamente, mesmo aos sábados, domingos e feriados. O prazo para atendimento e verificação da situação é de até 12 horas.
Cecom IFC Concórdia