O IFC Concórdia vai receber, na próxima quarta-feira, dia 8 de junho, o espetáculo “A máquina e o humano: Musica ao vivo para o filme Metropolis”. O evento inicia às 19h30 e será no Auditório Central do campus, com duração prevista de 2h30. A participação é gratuita, limitada à capacidade do local. A atração faz parte de turnê do Programa de Integração e Descentralização da Cultura – SC IDC e, nesta etapa, tem o apoio do Instituto Federal Catarinense – Campus Concórdia e da Secretaria Municipal de Desporto e Cultura.
“A Máquina e o Humano – Música para o filme Metropolis” é um espetáculo musical criado por Diogo de Haro e executado em parceria com Johanna Hirschler para o filme expressionista alemão de 1927 dirigido por Fritz Lang. O drama de ficção científica será exibido na íntegra, com duração de duas horas e meia, enquanto os músicos presentes interpretam sonoramente a narrativa do filme combinando música aos elementos de sonoplastia e efeitos sonoros. O espetáculo será acessível em libras e audiodescrição.
Da mesma forma que a música intensifica a apreciação do enredo do filme, o filme facilita e direciona o acesso do público não familiarizado com músicas instrumentais, experimentais e de linguagens pós-tonais aos afetos evocados pelo discurso musical. Espera-se com “A Máquina e o Humano – Música para o filme Metropolis” a abertura dos ouvidos para a compreensão mais aprofundada da música instrumental viabilizando a familiaridade do público para linguagens musicais contemporâneas, ao mesmo tempo em que cria um ambiente transdisciplinar (música-cinema-performance) para uma apreciação renovada de um clássico que influenciou e foi referência a gerações de artistas no mundo todo.
O projeto também contempla um programa de acessibilidade, com direção de audiodescrição, recursos para pessoas cegas e com baixa visão, de Chico Faganello, da produtora Filmesquevoam, tradução e legendagem em português dos intertítulos que trazem os diálogos deste clássico do cinema mundial.
Assista o teaser do projeto no link vimeo.com/teaser_maquinaehumano
Sinopse
“Metropolis”, de Fritz Lang (Ficção Científica – 150 min – 12 anos – Alemanha – 1927). Metropolis, ano 2026. Os poderosos ficam na superfície, onde há o Jardim dos Prazeres, destinado aos filhos dos mestres. Os operários, em regime de escravidão, trabalham bem abaixo da superfície, na Cidade dos Trabalhadores. Esta poderosa cidade é governada por Jon Fredersen, um insensível capitalista cujo único filho, Freder, leva uma vida idílica, desfrutando dos maravilhosos jardins. Mas um dia Freder conhece Maria, a líder espiritual dos operários, que cuida dos filhos deles. Trailer: vimeo.com/trailer_metropolis
Trilha sonora
A trilha para o filme “Metropolis” composta e executada ao vivo por Diogo de Haro, responsável pela direção musical, composição, piano e sintetizadores, e Johanna Hirschler, a cargo da voz, flauta transversal e contribuição na composição, permite imprimir uma renovação na apreciação do clássico de 1927, contextualizando as imagens na contemporaneidade de uma música de abrangência trans-estilistica constelada por elementos da música minimalista, do canto lírico, do neobarroco, do industrial, do pós-rock, do Techno, do free jazz, da eletroacústica além de várias linguagens de improvisação livre.
Ao operar um grande volume de maquinário eletrônico, sintetizadores analógicos, sequenciadores, geradores de drones e piano elétrico, a performance sonora e musical de Diogo de Haro evoca o ambiente e a experiência extenuante vivida pelo povo do subterrâneo, que trabalha nas grandes máquinas que alimentam e movimentam a cidade do futuro. Alternando entre sonoridades massivas orquestrais, minimalismos mântricos, improvisações organísticas religiosas, e a reiterada presença do piano elétrico em tensas improvisações jazzísticas ou etéreos ostinatos repletos de ecos e reverberações, o compositor alimenta a carga dramática do filme ao longo de suas 2h30 de duração. A cantora, flautista e compositora Johanna Hirschler, traz o elemento anímico, o afeto, ora humano, ora celestial, ora realçando a tensão “humano-máquina” com versatilidade em diversos tipos de vocalização que vai do canto lírico ao jazz, passando por efeitos eletrônicos, distorções e filtragens na flauta e na voz. Com essa rica paleta sonora, cada motivo, melodia e tema relaciona-se aos personagens e situações específicas contribuindo para compreensão e ressignificação da trama.
Cecom IFC Concórdia / Cineramabc Arthouse