A Revista Brasileira de Ensino de Física publicou, na edição de junho de 2020, o artigo escrito pelo professor do IFC campus Concórdia, Daniel Farias Mega, intitulado “Comunidades de Prática no Ensino de Ciências: uma revisão da literatura de 1991 a 2018”. O trabalho faz parte da tese de doutorado que está sendo desenvolvida pelo professor e foi elaborado em conjunto com os colegas do curso de pós-graduação em Ensino de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Douglas Grando de Souza e Elkin Adolfo Vera-Rey e a professora dra. Eliane Angela Veit. Mega relata que o artigo traz uma ampla revisão sobre o conceito de comunidades de prática nas pesquisas em ensino de ciências, contando com mais de uma centena de artigos sobre o tema. “Entendemos que o estudo das comunidades de prática é importante pois traz uma nova perspectiva sobre o que é e como acontecem os processos de aprendizagem de maneira geral”, explica.
O professor esclarece que o artigo traz uma ampla revisão sobre o conceito de comunidades de prática nas pesquisas e ensino de ciências, contando com mais de uma centena de artigos sobre o tema. “Entendemos que esse estudo das comunidades de prática é importante pois faz parte da teoria social da aprendizagem proposta por pesquisadores no início da década de 1990, trazendo uma nova perspectiva sobre o que é e como acontecem os processos de aprendizagem de maneira geral”, conta.
Há 100 anos, os espaços escolares eram organizados de maneira muito semelhante ao que ainda são atualmente: o professor à frente, com um quadro na parede, falando sobre determinado tema, e os alunos dispostos em classes umas atrás das outras, sem muito espaço para participação. A questão proposta é: o que poderia acontecer se adotássemos uma perspectiva que colocasse a aprendizagem no contexto da nossa própria participação no mundo? Se supuséssemos que a aprendizagem é inerente ao ser humano, assim como comer e dormir? Se entendêssemos a aprendizagem como um fenômeno fundamentalmente social que reflete a natureza humana de sermos capazes de conhecer? Essa é a perspectiva apresentada na teoria social da aprendizagem, segundo a qual os indivíduos aprendem à medida que se afiliam aos grupos sociais chamados de “comunidades de prática”, e começam a participar de uma maneira ativa das práticas que esse conjunto de pessoas realiza para levar adiante o interesse por um determinado tempo. “À medida que participamos dessas práticas, fazendo uso de instrumentos e modos de agir próprios desses grupos sociais, estamos aprofundando nosso conhecimento sobre esses assuntos. Em outras palavras, a gente aprende”.
Daniel Farias Mega é professor de Física no Instituto Federal Catarinense campus Concórdia, licenciado para cursar o doutorando no Programa de Pós-graduação em Ensino de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O artigo completo está disponível para leitura no link https://bit.ly/2Zh0S9m.
Cecom/IFC Concórdia