Área dos estandes do Tecnoeste 2018 – Show Tecnológico Rural do Oeste Catarinense – “Gestão, qualidade de vida e sucessão na propriedade rural” seguiu movimentada também na sexta-feira, dia 23, superando a expectativa de público para o evento que era de 30 mil pessoas. Apenas na quinta-feira, passaram mais de 15 mil pessoas pelo evento realizado no IFC Campus Concórdia em parceria com a Copérdia e apoio de diversas instituições do setor produtivo.
“Esta edição conseguiu superar as expectativas de público o que também resultará em maior poder de negociação das empresas, além da grande visibilidade dada ao IFC devido à presença constante da imprensa no evento. Para os estudantes também é muito importante, pois o Tecnoeste é uma vitrine para as empresas. Cerca de 50% dos expositores desta edição são egressos do IFC”, destacou diretor do IFC Concórdia, Nelson Golinski.
Um dos projetos do IFC mais visitados foi “Aquecedor solar de baixo custo”, desenvolvido pelos estudantes do técnico em Agropecuária Andrei Somensi e Rosângela Huv, sob orientação do professor Bruno Ribeiro, em parceria com a Celesc. “Ontem apresentamos o projeto detalhado para cerca de 440 pessoas, além de outras centenas que visitaram nosso espaço. Desta forma, acredito que alcançamos nosso objetivo que é despertar a atenção dos produtores para uso de aquecedores solares. Nosso modelo foi montado em apenas dois dias, mas pode ser adaptado de acordo com as necessidades da residência. Mesmo com material reciclável, a água atinge uma temperatura média de 60 graus em dias de forte incidência solar. Montaremos um outro aquecedor maior nas próximas semanas com as garrafas pets que estão sendo usadas durante o Tecnoeste”, explicou Somensi.
Ao lado, outro projeto chamava a atenção dos visitantes. Estudantes de Agronomia distribuíam mudas de Fisális, uma fruta exótica encontrada nos mercados a preços elevados. “Produção desta fruta é muito parecida com o tomate. As mudas que distribuímos já estão na fase de transplante para a terra e devem ser feitas com apoio de estacas. Muito comum na Bolívia, é uma fruta mais adaptada ao calor, por isso não temos tanto na nossa região. É usada em geleias, in natura, sucos e também em bolos, inclusive na decoração deles”, apresentou o estudante João Conte.
“Preço no mercado está em média de 70 reais o quilo, mas por ser muito leve são necessárias muitas unidades para atingir esse peso. O alto valor de comércio que nos despertou a atenção em estudar essa fruta em específico”, revelou o estudante Alan Pegoraro.
Participam também do projeto de estudo da Fisális, os estudantes Adenise Bottcher, Eduardo Cerutti, Luiz Pissatto, Mainara Gabriel, Tanieli Kanigoski e Lucas Varotto, sob orientação dos professores Alexandre Claus, Ricardo Rosso, Juliano Schmitz e Otavio Rossato.
Seminário
Suinocultura foi tema escolhido para encerramento dos seminários do Tecnoeste 2018. “Não estamos no melhor momento, mas o mercado de comódites é assim tendo alguns momentos não muito favoráveis. Por isso, o produtor sabe que com a busca de mais conhecimentos podemos contornar as dificuldades. Esse conhecimento é nosso objetivo durante o Tecnoeste”, apontou o presidente da Copérdia, Valdemar Bordignon, na abertura no auditório do IFC.
Durante o seminário, Dilvo Casagranda, gerente geral de exportação da Aurora Alimentos, apresentou a situação do “Mercado de carnes no mundo”. “O mercado de exportação hoje não está muito favorável, principalmente, devido ao fechamento das exportações para a Rússia. Se conseguirmos reabrir o mercado com os russos, já teremos grandes ganhos. Outro fator é o baixo consumo interno de carne suína que tem como principal concorrente a carne de frango”, observou Casagranda.
*P + 1
Na sequência, o sócio fundador da Agriness, Everton Gubert, falou sobre a implantação da metodologia +1 na Copérdia que aconteceu em 2014 e foi lançada junto a 12ª edição do Tecnoeste, no mesmo ano. Ele apresentou um histórico de como a metodologia foi evoluindo e trouxe resultados significativos à cooperativa e aos produtores ao longo destes 4 anos.
Arlan Lorenzetti, gerente de suinocultura da Copérdia, destacou os temas abordados como relevantes. “São temas de grande interesse do produtor e nada como trazer profissionais que vivenciam essa realidade para contribuir. As abordagens também estão alinhadas ao tema do Tecnoeste que é gestão, qualidade de vida e sucessão propriedade rural”, contrubui Lorenzetti.
Texto e fotos: Cecom/Reitoria
Rosiane Magalhães | Jornalista / JP 12.715/MG
*Informações da assessoria do Tecnoeste